sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Nossa história (por Camila Martins)

Hoje recebi um email lindo da Camila Martins.
Depois de trocarmos figurinha pelos comentários, enfim, pude conhecer sua história. Um relato incrível que nos mostra o quanto somos frágeis diante de Deus.
Não vou falar muito pra dar espaço para essa história incrível que vem chegando.
Me emocionei e tenho certeza que não serei a única.

Espero te ver mais vezes aqui Camila, e que Deus continue a conformar seu coração. As vezes não entendemos os propósitos de Deus mas ele sabe o que faz.

______





 
Ponte Nova, 05 de Outubro de 2012.

Olá Sara e Ester, eu comentei um post no blog da Sara, me sensibilizei com a história de vocês e resolvi compartilhar a minha. Acredito que dê forças e as ajude nessa caminhada que não é nada fácil.

O sonho da minha mãe, pastora Maria Lúcia, sempre foi voltar pro Rio Grande do Norte (RN), onde nasceu. Em 1998 tentamos morar lá, mas isso só durou 5 meses porque meu pai passou no concurso em Ponte Nova-MG e não tinha previsão pra ir pro RN. Voltamos pra MG e continuamos nossas vidas.
Em outubro de 2010 minha tia Vitória (que mora no RN) nos ligou falando que meu tio Agrício estava muito doente, com câncer, e já não teria muito tempo de vida. Minha mãe viajou pra lá e cumpriu seu dever como pastora de orar e ajudar no que fosse preciso. Não durou muito tempo e ele
veio a falecer. Foi muito triste, no velório ela orou, cantou louvores e pediu o consolo do Senhor a toda família, sabendo que meu tio estava nos braços do Senhor. Naquele momento senti um aperto, por um instante passou pela minha cabeça que aquilo poderia ter acontecido na minha casa, mas não... Deus não seria injusto conosco... toda minha casa serve ao Senhor... claro que não passaríamos por aquilo... óbvio que não! (pensei).

Um mês após ter viajado pra lá ela voltou pra MG. Estava encantada com sua terra natal, a união da família (ela tem mais de 10 irmãos vivos), as praias e belezas naturais de lá etc... Não deu outra, quis tentar de novo: "Ôh bem, vamos pro RN, agora que você está se aposentando dá pra gente ir... ... ..." Meu pai, Adair, confessou, há poucos dias, que naquele momento sentiu que estaria nos perdendo, sentiu um aperto no coração sem explicação, chorou sozinho muitas vezes, pois ele ficaria algum tempo sem a gente (minha mãe e eu), até que a aposentadoria saísse, mas ele concordou. Ela sempre
falava que queria ser enterrada na sua terra, que meu pai com certeza daria um jeito pra isso. Era novembro de 2010. 

Então, depois de estudarmos a idéia, lá estávamos nós duas no RN, em Maio de 2011, "de mala e cuia" prontas para uma nova vida (meu pai iria assim que saísse a aposentadoria).
Estávamos muito felizes, ela abriu um salão de beleza com minha prima Mere, eu comecei a trabalhar em 4 escolas (sou formada em Educação Física), passeios com a família, novas amizades, a igreja da minha tia Vitória nos recebendo com alegria, quase tudo dando certo, faltava meu pai conosco.
Em dezembro de 2011, nas minhas férias, resolvi visitar minha irmã, Karen, em Goiás, passar o reveillon com ela e sua família. Voltaria em janeiro pra retornar ao trabalho.

Dias antes da minha viagem, minha mãe começou a sentir dores no estômago, que foram ficando cada vez mais frequentes com o passar dos dias. Ela tentava mascará-la com sal de fruta, analgésicos etc. Teve uma noite que não dormimos pois ela teve uma crise de dor muito forte.  Ela não queria procurar um médico pois "era forte", "não seria nada", "um remedinho resolve". Viajei pra Goiás e fiquei lá um mês, já que as passagens já estavam compradas e ela não queria que eu cancelasse o vôo. Voltei no dia 25/01/2012, e fiquei assustada ao encontrar minha mãe de cama na casa da minha tia Vitória. 

Minha mãezinha, que sempre foi forte, também não chorava (só em oração a sós com Deus), estava ali sem poder levantar, só que continuou se fazendo de forte pra não nos preocupar. Ela tinha ido ao médico enquanto eu estava em Goiás, fez vários exames e foi diagnosticada com  pedra na vesícula. Menos mal, sabíamos que uma cirurgia simples resolveria o problema. Ela estava apenas esperando a ordem de internação para operar. 

A partir desse dia ficamos hospedadas na casa da minha tia Vitória, não tenho palavras para agradecê-la por tudo, foi essencial em nossas vidas durante todo esse período.

No dia seguinte (26/01/2012) conseguimos interná-la em Natal-RN. Após uma radiografia, o 1º médico disse que "poderia não ser apenas pedra na vesícula, poderia ser algo mais complexo, a nível neoplásico, tumoral", essas foram as palavras dele pra mim. Eu não sabia o que pensar, depois dessas
palavras não escutei mais nada do que ele disse, simplesmente parecia que eu iria parar de respirar naquele momento. Ainda bem que o Alex estava comigo (amigo e irmão da igreja, que nos ajudou na burocracia da internação). 

Eu não disse nada pra ela, pois queria ter certeza absoluta que era mesmo câncer pra poder dar a notícia. Ela internou e fez alguns exames. Os médicos seguintes não deram o mesmo diagnóstico, disseram que era pedra na vesícula mesmo, que estava infeccionada. Precisaria tratar a infecção pra poder operar. (Detalhe: isso tudo foi na mesma noite de 26/01/2012). 

No outro dia (27/01/2012) meu pai chegou de MG, pediu as férias, férias prêmio etc... Quando o vi, o abracei e comecei a chorar, ele me deu muita força e disse que, se fosse mesmo essa doença, teríamos que ajudá-la, e se o pior acontecesse, teríamos que nos conformar com a vontade de Deus, pois todos
nós um dia vamos morrer, de uma forma ou de outra. A princípio aquilo doeu no meu coração, mas depois o compreendi. (Era muito possível que minha mãe estivesse com câncer, pois já tiveram 4 casos na família dela).

A partir de então começou a maratona de exames de sangue, fezes, urina, radiografias, ultrassonografias, tomografias etc... Eu e meu pai começamos a revezar as dormidas no hospital, a tia Vitória e a prima Mere também dormiram algumas vezes, o que ajudou muito. Sou muito grata a Deus pelas suas vidas.

A barriga da minha mãe estava muito grande devido a um líquido, e os médicos começaram a investigar a causa, mas infelizmente, a gente sabe como funciona a saúde pública no nosso país, e esse processo demorou muito até que a Nicole chegou em nossas vidas. Ela era uma estagiária que estava cursando o último ano de medicina. Como ela queria ir até o fim com o caso da minha mãe, agilizou o processo dos exames e tudo mais.

À medida que os resultados chegavam, o diagnóstico de câncer parecia ser inevitável, mas eu não queria acreditar, Deus é tão bom, tão justo, minha mãe não merecia aquilo, ela sempre pregou, confortou o coração das pessoas, pessoas eram curadas através da sua oração, foi onde ninguém queria ir "só pra levar a Palavra", e isso era tão revigorador pra ela, estava cumprindo o seu chamado e isso a fazia feliz. Até no hospital, não perdia uma oportunidade de falar de Jesus. Nunca reclamou com Deus de nada.

A Nicole conseguiu uma consulta no hospital LIGA (Liga contra o Câncer), referência no nordeste no tratamento de câncer. O médico conversou muito com a gente, esclareceu algumas dúvidas e enfim disse: "99% de chances de ser câncer". Ele pediu uma biópsia do umbigo dela pra ter 100% de certeza. Eu permaneci forte na sua frente, pois não queria esmorecer, mas por dentro eu não podia acreditar. Eu tinha que ser forte. Meu pai, minha tia Deuzinha e meu tio Jair estavam lá fora nos esperando, meus tios nos ajudaram muito. Pelo SUS esse exame demoraria meses e preferimos fazê-lo particular, nem pensamos 2 vezes, mais de R$ 500,00 não eram nada perto do valor da vida da minha mãe.

Tio Jair buscou o resultado e pronto, era definitivo, ela estava mesmo com câncer e o pior, já estava com metástases pelo corpo... Que dia meu Deus! Eu chorei muito, minha tia Deuzinha estava perto e me deu muita força, mas eu não podia voltar pro quarto da minha mãe chorando, aguentei firme e me segurei. Estava procurando as palavras certas para dar a notícia, não sabia como ela reagiria. Até que, no mesmo dia a tarde, ela me pediu pra ir ao banheiro e eu a levei na cadeira de rodas, ela já não conseguia ir andando sozinha (precisava de ajuda pra tudo). No banheiro, antes de voltarmos, eu não
consegui aguentar, comecei a chorar e ela me perguntou o por quê. Eu disse que o diagnóstico era tumor maligno, chorei feito criança e ela me consolou...

Genteee, ela que era a enferma e estava me consolando, me abraçou, ficou triste sim, mas não chorou naquele momento, disse que essa era a vontade de Deus, que Ele sabe o que faz, teria um propósito nisso tudo. Ela me contou depois que abraçava meu pai e os dois choravam juntos, baixinho, sem dizer uma palavra (tinha mais 2 leitos no mesmo quarto). 

A essa altura, os dias no hospital eram muito angustiantes, aos poucos fomos nos acostumando com a comida sem sal, as noites numa cadeira de balanço e um travesseiro para os acompanhantes, pacientes chegavam, saiam, e minha mãe lá, sem previsão de alta. Conhecíamos as histórias das pessoas, seus "causos", e ela sempre com uma palavra amiga. Sem falar nas fortes crises de dor, vômitos, pernas inchadas, fraqueza (ela dizia que não cabia quase nada no estômago, comia o mínimo), muitas vezes gritava de dor no hospital, as enfermeiras não podiam fazer muita coisa, os médicos receitavam doses mais fortes de remédios, mas algumas vezes parecia que era em vão. Até que receitaram morfina... meu Deus!... morfina?!?! Era o último recurso pra dor, era aplicada de 1 em 1 hora, as vezes até antes, as dores eram muito fortes mesmo. As pessoas iam ao quarto dela pra ver o que estava acontecendo, os médicos com "outros casos mais urgentes" pra atender, não podíamos fazer muita coisa também, somente orar... orar... e orar... Deus com certeza iria curá-la e aquilo tudo faria parte do seu testemunho mais tarde. Era nisso que nos apegávamos a cada dia... a cada novo dia...

Após muitas idas e vindas para exames, orações e visitas da família, crises intermináveis de dor, muitas e muitas picadas de agulha (chegou um momento em que as veias dela já não eram mais "achadas" pelos enfermeiros, estavam secas, era preciso muito tempo até "conseguir uma veia" pro 
soro. 

Ela estava fraca, mas sempre com um sorriso no rosto), conseguimos consulta com a médica que a acompanharia na quimioterapia. No dia da consulta ela chegou no LIGA em prantos, muita dor, tia Deuzinha chorava comigo, não aguentávamos vê-la sofrendo sem poder fazer nada. A medicaram e, depois de uma longa conversa comigo, a médica marcou o dia da primeira sessão de quimio, que aconteceria após a liberação da secretaria de saúde. Uma burocracia demorada, mas necessária, todo tempo era precioso. 
 
Já era 05/4/2012, o dia da primeira sessão da tão esperada quimioterapia. Ela saiu do hospital Santa Catarina, onde estava internada desde janeiro, e foi pra LIGA, pra quimio. Meu pai a acompanhou, ela estava bem disposta, com muitas esperanças de que aqueles líquidos amarelos, entrando na sua veia, estariam misturados à unção de Deus que trariam a sua cura. Após algumas horas, voltou ao hospital Santa Catarina, e continuou internada. Mas já não agüentava mais esses meses todos numa cama de hospital, queria ir pra casa, comer uma comidinha caseira, nós sabíamos que ela se alimentaria melhor em casa. Os médicos não falavam muita coisa, somente que teríamos que esperar, esperar e esperar.

No dia 7/4/2012 meu irmão mais velho, pastor Rômulo, chegou de MG. Ele orou, trouxe notícias da família, mostrou fotos a ela, que muito se alegrou por saber que todos estavam bem. Até que, no dia 11/4/2012 (quarta-feira), o Dr. Edson, que a acompanhava naquele mês, lhe deu alta, acho que ele
sabia o que estava por vir, e lhe concedeu esse desejo. Fomos embora muito felizes, apesar de ainda estar com dores, ela estava feliz. Fomos direto pro LIGA pra tratar essa dor, ou pegar alguma receita de algum remédio que ela poderia tomar em casa. Meu primo Jânio (que também nos ajudou muito
nesse período) nos levou, ela ficou em observação o resto da tarde e parte da noite, tomando soro e outras medicações. Voltamos pra casa tarde da noite, ansiosos pela sua recuperação. Ela não dormiu muito bem, ficou me acordando a noite, queria dormir segurando minha mão, também queria ir ao banheiro, mas não conseguia fazer suas necessidades fisiológicas. 

No dia seguinte, quinta-feira, ela piorou, começou a trocar os nomes das pessoas, pedia o remédio e 5 segundos depois pedia de novo, pedia pra ir ao banheiro (sempre em vão) e quando voltava pedia pra ir novamente, queria ficar quieta, deitada no sofá, estava muito pensativa, não queria muita conversa. A tia Vitória e a prima Mere foram nos visitar e dar uma força. Aproveitei pra ir no LIGA pra ver se conseguia adiantar a consulta dela com a médica, pra ver seu estado, sua piora. Eu estava exausta, pois ela só confiava em mim pra dar banho, massagear as pernas, ajudar a trocar de roupa, preparar a comida etc... Dizia que eu era mais paciente, preferia a mim, até mais que meu pai, para ajudá-la. Confesso que gostava disso, ela era MINHA mãe, minha mãezinha querida...

No LIGA consegui marcar consulta só pro dia 18/4/2012, era tão longe, mas teríamos que esperar.

Na sexta feira (13/4/2012), meu irmão foi embora pra MG, e minha mãe piorou ainda mais. Nesse mesmo dia minha irmã Karen chegou de Goiás com o marido Messias e a filha Alice. Foi muito importante para suportar o que estava por vir. Nesse dia minha mãe não estava mais atendendo quando a chamávamos, não comia nem bebia, não foi ao banheiro, sem falar que não conseguia dormir desde a quarta-feira. Não esperamos mais, na manhã seguinte (sábado, 14/4/2012), às 6 da manhã a levamos pro LIGA, descemos as escadas de casa com ela sentada em uma cadeira. Chegando lá tivemos que esperar liberar um leito pra ela, eu chorei muito, ela não tinha reação, travou o maxilar (depois li a respeito, parece que eram sintomas de infecção generalizada). Liguei pra tia Vitória pra ela orar, mas não consegui dizer nada, só chorava, meu pai então falou com ela. Depois de muita espera, a internaram e não nos deram esperanças. A enfermeira me disse que iriam fazer uma pequena cirurgia pra conseguir o acesso numa veia perto do coração (não entendo muito bem), pra poder aplicar o soro e medicamentos. A colocaram no oxigênio, puseram sonda urinária... 

Durante todo o dia ela recebeu muitas visitas de toda a família, eu estava muito preocupada, as vezes chorava nos braços do meu pai, que sempre permaneceu forte, parecia conformado. No final da tarde a enfermeira me disse que os médicos estudaram o caso da minha mãe e chegaram à conclusão que não seria bom fazer essa pequena cirurgia nela, pois estava muito fraca e serviria “apenas para apertar um botão pra acelerar algo que era inevitável”.

Nessa hora eu pensei: “Meu Deus é especialista em causas impossíveis, se a medicina humana não pode, o meu Deus pode realizar o impossível”... pensei nisso até o último segundo, meu Senhor iria curá-la, claro que iria, isso seria um grande testemunho de vida pra todos nós, o restante da família, que ainda não se rendeu a Cristo, não teria escolha, quem não quer servir a um Deus que cura doentes em estado  terminal? Essa era minha oração, orava “debatendo” com Deus, que isso era mais proveitoso pro Seu Reino do que sua morte. Naquela noite de sábado pra domingo resolvi ficar com ela no hospital, meu pai entendeu, quis me deixar com ela nos seus últimos momentos. Tarde da noite eu liguei pra minha grande amiga Cláudia, de Juiz de Fora - MG, nós oramos e choramos juntas no
telefone, tínhamos a certeza que Deus não iria levá-la. Mãe passou mais uma noite acordada, eu também, fazendo massagens, falando ao seu ouvido, orando. 

As vezes ela me olhava fixo, me acompanhava com o olhar, parecia que queria falar algo, reclamava de dor, mas a enfermeira não me autorizou a mudá-la de posição, qualquer esforço seria fatal. Até que
as 8hs daquele domingo ela teve uma convulsão, foi horrível, nunca vi algo tão terrível nessa vida. Eu chorei desesperadamente chamando as enfermeiras, uma delas me retirou do quarto e disse que iriam medicá-la. Eu liguei pra tia Vitória, mas não consegui dizer uma só palavra, só chorava, e ela também
chorou comigo, gritava que já estava a caminho. Nisso a enfermeira voltou, 10 minutos depois, dizendo que minha mãe estava bem, “foi só uma convulsão”. 

Quando voltei ela estava com os olhos fechados, repuxados devido a algum medicamento específico pra isso. Me assustei mas fiquei aliviada, pois ela ainda estava respirando, com muuuito esforço mas estava respirando... Sinal de vida...

Enfim, nessa mesma manhã, meia hora após a convulsão, as 8:30hs da manhã do dia 15/4/2012 ela se foi, “voltou para casa”, foi para os braços do Senhor sem me dar um adeus, eu a segurava pelas mãos e senti seu último suspiro. 

Não pude acreditar que estava vivendo aquilo, eu queria chamá-la de volta, chorei compulsivamente, desesperadamente. Uma enfermeira me tirou de lá, seria melhor pra mim. Então comecei a ligar pra todos os familiares e amigos, em meio a lágrimas de uma dor que não passaria com remédios, soros ou morfina... Ela não voltará mais, não está viajando, ela foi embora pra sempre (eu dizia)...

Infelizmente minha história não teve um final feliz, a saudade é um martelo impiedoso, as lembranças dos dias terríveis que passamos se perdem em meio ao alívio de saber que ela está bem melhor que todos nós. Cada dia é sempre mais um dia, mais um novo dia que estamos sem sua presença física,
mas estará sempre viva em nossos corações.

Confesso que não é fácil conviver com a ausência da minha mãe, que sempre foi forte, nos ensinou o que realmente tem valor nessa vida. Tem dias que a falta que ela me faz é tão grande que choro muito, choro no banheiro, choro no quarto, choro na janela, choro com Deus... Não alivia a dor, mas
consigo desabafar e tirar do peito um peso angustiante... A vida segue e sigo vivendo um dia após o outro, na certeza de que nos encontraremos daqui há algum tempo...

Queridas Sara e Ester, aproveitem cada instante ao lado da sua mãe, esse tempo é preciosíssimo pra estreitar os laços, demonstrar que estão juntas, na mesma luta, que vencerão com a bênção do Senhor. Oro para que sua história não tenha o mesmo final que a minha, mas que sirva como um grande testemunho de vitória, de superação, que vai ajudar no desenrolar de muitas outras histórias...

Um beijo da nova amiga Camila Martins.

Um comentário:

  1. Camila, obrigada por nos permitir partilhar sua história. Sei do que estás falando. Nem sempre a vida dá o final que queremos né.
    Perdi uma tia quando ela tinha entre 20 e 21 anos (minha idade). Apesar de na época eu ter menos que 5 anos, sofri muito. Eu era mto apegada a ela. Um dia falo mais dela por aqui.
    Um bju grande, fique com Deus

    ResponderExcluir